domingo, 16 de agosto de 2009

Tecendo os fios da vida... Resgatando pontos perdidos


“Em cada ponto coloquei um pouco de mim mesma, das coisas que aprendi, como a importância da paciência, da tolerância, da amizade, da união, porque só se constrói se estivermos ligados a alguém ou alguma coisa. Isolados nada produzimos nada edificamos.
O resultado é fruto de uma teia muito bem encadeada onde cada ponto é importante por si só. Se o perdermos ficará sempre o vazio que ele deixou. Mas ele sozinho não é capaz de atender à finalidade para a qual foi idealizado. O seu sentido está no encadeamento com outros da mesma espécie, que juntos formarão uma obra capaz de ser útil, de gerar benefícios.
Ele se enriquece, quando serve, quando é útil, quando é capaz de melhorar a vida das pessoas.
O sentido de tudo está em cumprir suas finalidades e ser útil. Senão, será algo descartável e improdutivo só servindo para atender as vaidades e não ao bem.
Aquilo que tem a finalidade de servir é realizado com amor e doação e nestes estão incluídos aquilo que cada um encerra em si mesmo. No amor vai a alegria do pertencer a algo maior, a aceitação da importância da unicidade, mas sobretudo a valorização do todo que é construído para um fim maior mostrando que a união e o entrelaçamento é que possibilitam chegar ao objetivo. Na doação está a generosidade, a gratidão, a solidariedade, a aceitação, o perdão, a humildade, o despojamento das vaidades do eu.
Em cada ponto, uma reflexão, uma análise do que já foi feito, possibilitando melhorar para o que vier a seguir.
Às vezes, temos que voltar atrás e recuperar um ponto que ficou perdido, ou torto, que sempre que olharmos naquela direção vai nos perturbar.
É a hora de desmanchar com paciência o mal feito, com mais lucidez e percepção de onde está o erro e refazer. Ao final, aquilo que perturbava, já não mais existe. Temos em mãos uma obra acabada, um ensinamento aprendido.
Estamos prontos para recomeçar.”

Texto de Isabel C. S. Vargas

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